Venezuela: Tribunal Supremo chancela vitória de Maduro e oposição critica decisão
VENEZUELA: TSJ CONFIRMA VITÓRIA DE MADURO
O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) da Venezuela confirmou nesta quinta-feira (22) que Nicolás Maduro venceu a eleição presidencial de 28 julho, garantindo-lhe um terceiro mandato de seis anos. A presidente do TSJ, Caryslia Rodriguez, declarou que a corte validou os resultados emitidos pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e confirmou que Maduro obteve 52% dos votos. O candidato da oposição, Edmundo Gonzalez Urrutia, que alega ter conquistado 67% dos votos, criticou o veredito nas redes sociais, acusando a corte de parcialidade e de desrespeitar a vontade popular (RT News).
Rodríguez chamou a decisão de “indiscutível” e “definitiva”, apesar da falta de dados detalhados sobre a votação. A decisão gerou indignação; Juanita Goebertus, da Human Rights Watch, denunciou o veredicto como uma tentativa de encobrir uma fraude eleitoral, enquanto Andrés Izarra, ex-ministro de Maduro e agora exilado político, referiu-se à decisão do TSJ como um “golpe” (Guardian). Em seu perfil no X, o presidente do Chile, Gabriel Boric, qualificou o regime de Maduro como uma “ditadura” que falsifica eleições e ignora a crise humanitária causada pelo êxodo venezuelano, comparável apenas ao da Síria por causa de uma guerra (La Nación Chile).
A reeleição de Maduro gerou protestos em toda a Venezuela, que foram duramente reprimidos, resultando em 27 mortes, 192 feridos e mais de 2.400 prisões, de acordo com as autoridades venezuelanas (Libération). Nesta quinta, o Observatório Venezuelano de Prisões (OVP) denunciou violações dos direitos humanos contra as pessoas detidas durante os protestos – líderes políticos, ativistas, jornalistas e estudantes – e relatou condições “alarmantes” nas prisões, como superlotação e falta de alimentos e água potável.
A organização também acusou o governo de violação da liberdade de expressão, com a detenção de ao menos sete jornalistas, e informou que várias ONGs identificaram mais de 1.500 pessoas que foram detidas após as eleições, das mais de 2.000 anunciadas pelo Ministério Público (Expresso).
BOLSONARISMO SE PREPARA PARA O 7/9
Bolsonaro e seus apoiadores estão organizando uma grande manifestação em Copacabana, no dia 7 de setembro, Dia da Independência do Brasil, para apoiar o impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A mobilização é uma resposta às investigações conduzidas por Moraes, que incluem a tentativa de golpe de janeiro de 2023 e a inelegibilidade de Bolsonaro por oito anos.
A oposição acusa o ministro de irregularidades no processo investigativo. Além disso, a decisão de Elon Musk de fechar suas sedes do X no Brasil em resposta às exigências de Moraes por informações sobre contas ligadas a movimentos golpistas reforça a percepção de que o país estaria sob um regime opressor.
A escolha do Dia da Independência sublinha o peso simbólico atribuído pelos bolsonaristas à causa, tratada como uma questão de relevância nacional (La Política Online).
VISTO PARA VOO COM ESCALA NO BR
O Brasil vai proibir a entrada de pessoas sem visto cujo destino final seja outro país, a fim de limitar a migração irregular para a América do Norte, especialmente para os Estados Unidos e Canadá. A partir de segunda-feira (26), passageiros que permanecerem na área de trânsito internacional dos aeroportos brasileiros sem visto não poderão entrar em território nacional, conforme informado pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública.
A medida visa migrantes que, ao fazerem escala no Brasil, abandonam o último trecho da viagem para solicitar status de refugiado. Esses migrantes, majoritariamente provenientes de países asiáticos e com destino final nos EUA ou Canadá, serão obrigados a seguir viagem ou retornar ao país de origem.
A decisão foi motivada pela crescente atuação de organizações criminosas de tráfico humano, que utilizam migrantes sem documentação adequada para fins ilícitos. O número de pedidos de asilo no Aeroporto Internacional de Guarulhos saltou de 69 em 2013, para 4.239 em 2023. Atualmente, 481 pessoas aguardam resposta para seus pedidos de asilo em Guarulhos (O Guardião).
JANJA SE SOLIDARIZA COM FABIOLA YAÑEZ
A primeira-dama Janja da Silva expressou seu apoio a Fabiola Yañez após a denúncia de violência de gênero contra o ex-presidente argentino Alberto Fernández. Janja revelou que entrou em contato com Fabiola para oferecer solidariedade e apoio, destacando que não se manifestou publicamente antes por respeito à privacidade da denunciante.
Fabiola, mãe do segundo filho de Fernández, denunciou o ex-presidente por violência física e assédio, levando o juiz federal Julián Ercolini a impor medidas restritivas contra Fernández, incluindo a proibição de sair do país e a obrigatoriedade de manter distância de Yañez. Fernández nega as acusações e entrou com uma ação penal contra sua ex-parceira, acusando-a de vazar imagens íntimas. O caso tem gerado grande repercussão na política argentina (La Nación).
*Imagem em destaque: Reprodução/CdU
