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Zelensky vai a Hiroshima para o G7 e busca reunião privada com Lula

Zelensky vai a Hiroshima para o G7 e busca reunião privada com Lula

Destaque da mídia internacional, cúpula do G7 teve início nesta sexta-feira em Hiroshima, no Japão, local do primeiro ataque atômico do mundo, no final da Segunda Guerra

A 49ª reunião da cúpula do G7, que teve início nesta sexta-feira (19) em Hiroshima, no Japão, recebeu grande repercussão na mídia internacional. “Líderes de sete das democracias mais poderosas do mundo estão se reunindo para a cúpula do G7 em Hiroshima, o local do primeiro ataque atômico do mundo ao final da Segunda Guerra Mundial”, informa conteúdo distribuído pela agência de notícias AP News, destacando a importância histórica do local e enfatizando o apelo pelo desarmamento nuclear. O texto ainda fala da participação dos chamados países do Sul Global, dentre eles o Brasil, convidados pelo primeiro-ministro japonês Fumio Kishida.

O site argentino El Destape ressalta a presença do “defensor da criação de um grupo de mediação para alcançar a paz”, o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, “que desde que assumiu, em janeiro, busca reposicionar seu país internacionalmente após a política de recuo nos anos de Jair Bolsonaro, defendendo em várias ocasiões a necessidade de interromper as hostilidades entre Rússia e Ucrânia, propondo a criação de um grupo de países neutros que atue como mediador”.

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, que anteriormente havia confirmado sua participação no evento por meio de videoconferência, decidiu alterar seus planos. A revista estadunidense Time escreve: “líderes das democracias mais poderosas do mundo se reuniram na sexta-feira para discutir novas formas de punir a Rússia por sua invasão de 15 meses à Ucrânia, dias antes do presidente Volodymyr Zelensky participar pessoalmente da cúpula do G7 no próximo domingo (21)”. A publicação também informa que a viagem “mais distante de seu país devastado pela guerra” por parte de Zelensky se justifica pelo fato de que os líderes presentes na cúpula estão prestes a anunciar novas sanções contra a Rússia.

Em Hiroshima, Zelenskyy planeja conquistar o apoio de nações que não estão totalmente comprometidas em apoiar a Ucrânia no conflito com a Rússia, e pretende direcionar seus esforços para líderes como o primeiro-ministro indiano Narendra Modi, o presidente indonésio Joko Widodo  e o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, informa o site europeu Politico. Essas interações visam fortalecer os laços entre a Ucrânia e esses países, explorando possibilidades de colaboração em meio ao conflito com a Rússia.

A rodada de diplomacia do presidente ucraniano ocorre em um momento crítico do conflito, quando as forças de Kiev preparam uma grande contraofensiva. Funcionários do governo ucraniano tornaram-se mais ativos em sua comunicação com as nações do Sul Global este ano. O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba, está viajando pela América do Sul, África e Pacífico desde o início de maio.

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O jornal português Correio da Manhã afirma que Zelensky teria solicitado uma reunião privada com o presidente Lula. A reportagem ressalta que, até a tarde desta sexta-feira, o Itamaraty ainda não havia confirmado oficialmente nem o encontro entre os dois líderes e nem o pedido em si. No entanto, fontes diplomáticas em Brasília comunicaram de forma extraoficial sobre a solicitação do presidente ucraniano, destacando que Lula ainda não havia decidido sobre o encontro.

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O ministro da Fazenda Fernando Haddad disse nesta sexta-feira que irá discutir com o presidente Lula uma possível mudança no prazo para atingir a meta de inflação, contestando o atual modelo anual, considerado por ele desnecessariamente restritivo, e ressaltou que pretende dialogar sobre o assunto com a ministra do Planejamento, Simone Tebet.

De acordo com reportagem distribuída pela agência Reuters, Haddad deixo claro que a decisão não está em suas mães, destacando que a mudança exigiria um decreto presidencial, mas afirmou que apresentará a proposta ao presidente depois de consultar Tebet sobre o tema. O ministro defende a adoção de uma “meta de inflação contínua” e tem criticado frequentemente o modelo atual, enquanto Lula defende metas de inflação mais altas e uma política monetária menos rigorosa.

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Em fevereiro, a participação de combustíveis fósseis na geração de eletricidade no Brasil caiu abaixo de 5% pela primeira vez desde julho de 2012, de acordo com o centro de estudos especializado em energias renováveis Ember, com sede em Londres. As informações são do Le Courrier du Vietnam.

Considerando o primeiro trimestre, a participação das energias fósseis foi de 5,4%, em comparação com 10% nos primeiros três meses de 2022. Como resultado, as emissões de CO² no setor elétrico diminuíram 29% no mesmo período, apesar do aumento na produção de energia. Essa redução é atribuída principalmente aos parques eólicos e usinas solares, que representam, respectivamente, 12% e 3% da capacidade total de geração de eletricidade no Brasil.

As usinas hidrelétricas continuam sendo a principal fonte de energia do país, gerando 63% da eletricidade. Essas usinas, em um país de proporções continentais e com uma abundância de recursos hídricos, são consideradas a “espinha dorsal” do sistema de geração de energia, como explica o autor do estudo, Matt Ewen.

*Imagem em destaque: Hiroshima, Japão, 19.05.2023 – Presidente Luiz Inácio Lula da Silva se encontra com o primeiro-ministro da Austrália, Anthony Albanese. (Ricardo Stuckert/PR)

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