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A luta do Brasil contra a mentira e a desinformação

A luta do Brasil contra a mentira e a desinformação

País assume protagonismo em conferência da Unesco que pressiona pela regulação das plataformas digitais. Enquanto isso, Lula informa à sociedade brasileira sobre os três compromissos do Banco Central, em entrevista a Reinaldo Azevedo, na BandNews.

Após os ataques em 8 de Janeiro, que sintetizam os quatros de distopia bolsonarista, o Brasil teve muito a dizer na conferência da Unesco, Internet for Trust, ocorrida em Paris, entre 22 e 23 de fevereiro. O objetivo das Nações Unidas foi iniciar as discussões em torno da construção de diretrizes sobre o uso das redes e a responsabilização das plataformas digitais. 

Embora não tenha participado presencialmente, o presidente Lula encaminhou uma carta em que menciona o impacto da mentira nos ataques antidemocráticos de 8 de Janeiro. “O que ocorreu naquele dia foi o ápice de uma campanha, iniciada muito antes, que usava, como munição, a mentira e a desinformação. E tinha, como alvos, a democracia e a credibilidade das instituições brasileiras.”.

“Em grande medida, essa campanha foi gestada, organizada e difundida por meio das diversas plataformas digitais e aplicativos de mensagens. Repetiu o mesmo método que já tinha gerado atos de violência em outros lugares do mundo. Isso tem que parar”, aponta a carta. No país, uma comissão no Ministério dos Direitos Humanos sobre o tema já foi criada, e também contamos com um setor de Políticas Digitais na Secom, comandado por João Brant, que leu a carta do presidente.

Nela, além da defesa da liberdade de expressão, também é defendido “o direito de a sociedade receber informações confiáveis, e não a mentira e a desinformação”.  A carta também menciona a necessidade de regulação das plataformas.

“Não podemos permitir que a integridade de nossas democracias seja afetada pelas decisões de alguns poucos atores que hoje controlam as plataformas. A regulação deverá garantir o exercício de direitos individuais e coletivos. Deverá corrigir as distorções de um modelo de negócios que gera lucros explorando os dados pessoais dos usuários”.

Duas ideias perpassaram as discussões em Paris. A concepção da informação como o “bem comum” que ela é; e a  necessidade de prestação de contas, e responsabilização quando necessário das plataformas sobre o conteúdo mentiroso que nelas trafegam, e sobre o qual elas também lucram. Como destaca reportagem da IPS sobre o evento, 55 países já contam com iniciativas de regulação das redes.

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Enquanto isso…

E em meio à total desregulamentação, a mentira e a desinformação vem sendo combatidas pelo próprio presidente que vem usando suas entrevistas para informar a população sobre direitos e funcionamento da máquina pública. Nesta quinta-feira, durante entrevista ao jornalista Reinaldo Azevedo (O É da Coisa – BandNews), por exemplo, Lula lembrou sobre os deveres que o Banco Central tem para com a sociedade brasileira. 

Presidente de um país estagnado, com 125 milhões de pessoas submetidas a algum tipo de insegurança alimentar, Lula chamou à responsabilidade o presidente do Banco Central, explicando que o país “não pode ser refém de um único homem”.

“Ele tem três obrigações que foram aprovadas na lei que aprovou a autonomia do Banco Central. Ele tem que estar preocupado com a inflação, mas com o emprego e o crescimento da economia. Ele não pode esquecer as outras duas coisas e ficar estabelecendo um plano de metas que ele sabe que não vai cumprir”, afirmou Lula que questionou, várias vezes, “qual é a explicação de você ter juros em 13,75%, numa economia em que o país não está crescendo?”.

“Você não tem que pensar como ajudar o Brasil, mas pensar como reduzir a taxa de juros, para que o país volte a ter crédito, volte a funcionar”, complementou.

Lula também fez a defesa de um Estado forte. “As pessoas têm que saber que eu defendo um Estado brasileiro forte. Eu não defendo um estado intrometido na economia, mas eu defendo um estado indutor da economia. Eu quero um BNDES forte, um Banco do Brasil forte, uma Caixa Econômica forte, o BN forte, o BASA forte, a Petrobrás forte. Eu quero empresas brasileiras fortes para incidir na economia”. 

Sua meta, destacou, é que o Brasil voltar à normalidade, o que significa, Lula chegar ao fim do mandato, em 31 de dezembro de 2026, garantindo que “cada brasileiro esteja tomando café, almoçando, jantando, trabalhando e com as crianças estudando”. Confira a entrevista.

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