Seminário sobre Direito à memória: fazer coletivo 27-28/06/2023.
O seminário Direito à Memória; fazer coletivo discute a importância de lembrar e esquecer nas sociedades a partir da atuação de movimentos sociais, organizações do terceiro setor e do poder público. 27 e 28 de junho / 2023. Confira a programação completa do seminário. Inscreva-se nas oficinas através deste formulário. O encontro realizado pela Casa do Povo…
Por que discutir o direito à memória? Vivemos uma crescente onda de negacionismo da História e da Memória. Negar a escravidão, comparar torturador com torturados ou promover o extermínio dos povos originários são atrocidades que perpassam a ausência de políticas no Brasil sobre o direito à memória. Trazer à tona esse debate é fundamental para pensar uma sociedade democrática e mais justa.
PROGRAMAÇÃO
27 de junho
14h às 17h
➔ Apresentação das redes parceiras
RESLAC – Rede de Lugares de Memória da América Latina e Caribe
REBRALUM – Rede Brasileira de Lugares de Memória
19h às 21h
➔ Mesa: Memória como direito ancestral
com Ana Flávia Magalhães (Diretora do Arquivo Nacional), Gegê Joseph (Diretora de Programa para África, América Latina e Caribe da Coalizão Internacional de Sítios de Consciência). Mediação de Jean Camoleze (Representante do Brasil na RESLAC e Coordenador de Acervos da Casa do Povo)
Negar o acesso à memória é violar o direito ao conhecimento e impossibilitar o exercício do pensamento autônomo e crítico do cidadão. Ou seja, não permitimos a livre circulação das ideias, restringimos a liberdade e provocamos a diminuição da difusão cultural e do fomento do conhecimento. A necessidade de lembrar muitas vezes compete com a pressão igualmente forte para esquecer. Na construção de uma agenda propositiva na defesa , precisamos reconhecer a continuidade da luta do direito à memória como um movimento político de “retornar ao passado para ressignificar o presente e construir o futuro” (Sankofa)
28 DE JUNHO
10h às 12h
➔ Visita ao Memorial da Resistência
Sem necessidade de inscrição prévia. Chegar com 15 minutos de antecedência
Largo General Osório, 66 – Santa Ifigênia
14h às 18h
➔ Oficinas e experiências
com Memorial das Ligas e Lutas Camponesas, Museu da Maré, Casa do Povo e Museu da Pessoa (consulte em detalhes abaixo) e inscreva-se através do formulário
19h às 21h
➔ Mesa: A luta constante pelo direito à memória, verdade e justiça
com Nilmário Miranda (Assessor Especial do MDH para o tema Memória, Verdade e Justiça), Veronica Torras (Coordenadora da Rede de Lugares de Memória da América Latina e Caribe), Maurice Politi (Diretor do Núcleo de Memória). Mediação de Gegê Joseph (Diretora de Programa para África, América Latina e Caribe da Coalizão Internacional de Sítios de Consciência)
O direito à memória está vinculado aos preceitos de verdade e justiça. No Brasil, temos a necessidade de legislações de reparações históricas, principalmente para com os que sofreram violações de seus direitos pelo Estado. Para tanto, precisamos debater as ações do poder público para o tema e a organização da sociedade civil.
OFICINAS E EXPERIÊNCIAS
Todas as oficinas acontecem simultaneamente no dia 28 de julho, das 14h às 18h na Casa do Povo.
(!) Inscrições pelo formulário
20 vagas por oficina
• Inventário participativo no território camponês: uma atuação do Memorial das Ligas e Lutas Camponesas
com Memorial das Ligas e Lutas Camponesas
O inventário participativo do Memorial das Ligas e Lutas Camponesas (MLLC) é instrumento coletivo fundamental na preservação e valorização da cultura camponesa. Nesta oficina, o MLLC compartilha suas ferramentas de trabalho para incentivar a classe camponesa a ter voz ativa com base na memória e referências histórias, com o objetivo de estimular o protagonismo de diferentes grupos sociais no território.
• Conservação preventiva de acervos em papel
com Museu da Maré
A oficina pretende introduzir a noção de conservação preventiva e apresentar métodos voltados para acervos em suporte papel. Durante o encontro, será abordada a origem, o histórico e as características do suporte papel, seus fatores de deterioração, higienização e acondicionamento. Também aprenderemos a identificar as distintas partes de um livro, orientando os participantes para as rotinas de conservação deste tipo de documento.
• Acervos e memória
com Casa do Povo
A oficina tem como objetivo refletir sobre como as organizações coletivas autônomas e centros culturais podem (re)pensar seus arquivos associados aos direitos. Para tanto, será apresentada a história e atuação da Casa do Povo e os acervos custodiados pela instituição. Nesse sentido, o encontro pretende evidenciar a convivência de fundos e coleções provenientes de movimentos autônomos, debatendo perspectivas e dimensões para a recuperação da informação e a produção de novos conhecimentos.
• História Oral
com Museu da Pessoa
O Museu da Pessoa, virtual e colaborativo, trabalha para transformar histórias de vida em fonte de conhecimento e conexão entre as pessoas. Considerando cada narrativa como única e extremamente valiosa, o museu propõe encararmos nossas vidas como verdadeiros patrimônios da humanidade. A partir de exemplos práticos, a oficina busca estimular a reflexão sobre o potencial do uso de histórias de vida como ferramentas de mobilização comunitária e para a construção de projetos de memória coletivos.