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Lula anuncia doação de carne para vítimas do desastre no Rio Grande do Sul

Lula anuncia doação de carne para vítimas do desastre no Rio Grande do Sul

DOAÇÃO DE CARNE PARA O RS

O presidente Lula anunciou nesta segunda-feira (27) a doação de duas mil toneladas de carne para auxiliar as vítimas das chuvas intensas e inundações no estado do Rio Grande do Sul. A iniciativa partiu de empresários do setor, que prontamente atenderam ao pedido do presidente. A quantidade é suficiente para o preparo de seis milhões de refeições.

Lula enfatizou que a medida demonstra a capacidade do país em oferecer soluções diante de crises. A distribuição dos alimentos, que incluem carne bovina, suína, aves e ovos, começará imediatamente. Uma equipe governamental irá coordenar a distribuição com as autoridades locais.

O governo também se comprometeu a estabelecer uma estrutura logística permanente para garantir o fornecimento de alimentos às comunidades afetadas pelas enchentes.

Até o momento, as autoridades contabilizaram 170 mortes, 53 desaparecidos, 806 feridos e mais de 2,3 milhões de desabrigados devido às chuvas intensas. Apesar das previsões de mais chuvas, espera-se que as condições climáticas melhorem ao longo da semana (Prensa Latina).

LEPTOSPIROSE

Após as intensas chuvas, mais de 50 casos de leptospirose foram confirmados, resultando em quatro mortes, e há preocupações com possíveis novos óbitos. A doença, transmitida pela água contaminada com urina de animais infectados, tornou-se uma nova ameaça ao estado já devastado pelas enchentes.

A leptospirose é particularmente perigosa em áreas alagadas, podendo sobreviver na água por semanas. Seus sintomas variam de febre e dor de cabeça a complicações graves como danos nos rins e no fígado, podendo ser fatal, especialmente em locais com infraestrutura de saúde precária após desastres naturais.

Autoridades de saúde enfatizam a importância de buscar atendimento médico imediato ao apresentar sintomas e recomendam evitar o consumo de água ou alimentos contaminados pelas enchentes.

O Brasil registra anualmente cerca de 4.000 casos de leptospirose, com uma taxa de mortalidade de 10%, principalmente durante a estação chuvosa (The Thelepraph).

MAIS FAKE NEWS

No domingo (26), a divulgação de uma notícia falsa sobre o rompimento de um dique em Canoas causou pânico entre os moradores. Militares da 14ª Brigada de Infantaria Motorizada do Exército, enviados para ações humanitárias na cidade, espalharam o alerta, levando parte da população a fugir sem necessidade.

O caos só diminuiu quando autoridades locais desmentiram o boato nas redes sociais. O Exército pediu desculpas e afastou os responsáveis pela divulgação do alerta sem confirmação. Após rumores de que a ação dos militares poderia ter motivação política ligada à extrema-direita, a polícia e o Exército comunicaram que o caso será investigado (Correio da Manhã).

TRANSIÇÃO ENERGÉTICA

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a minderadora Vale lançaram nesta segunda-feira (27) um processo de licitação para selecionar um fundo de investimento focado em minerais essenciais para a transição energética e descarbonização. O objetivo é impulsionar a pesquisa mineral e viabilizar novas minas.

O leilão terá início em 1º de julho e encerramento em 23 de julho, com o anúncio da proposta vencedora previsto para outubro de 2024. A BNDESPAR, subsidiária do BNDES responsável pela capitalização de empreendimentos por grupos privados, e a Vale investirão entre R$ 100 e 250 milhões cada, com participação máxima de 25% cada. Os investidores interessados deverão contribuir com no mínimo R$ 200 milhões.

O foco do fundo será em minerais como cobalto, cobre, lítio, entre outros, visando impulsionar a fertilidade do solo. O presidente do BNDES ressaltou a importância do fundo para o crescimento da indústria nacional, enquanto o CEO da Vale destacou a relevância dos minerais para o desenvolvimento econômico sustentável.

Em março de 2023, autoridades dos EUA já haviam reconhecido o potencial do Brasil como uma potência de minerais essenciais (Brazilian Report).

BRASIL E ÁFRICA

O presidente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), em reunião em Nairóbi, destacou a importância da cooperação global para o continente africano, especialmente entre os países do sul, citando o exemplo do Brasil. “A capacidade de realizar economias de escala e de âmbito no apoio a África é a força da cooperação Sul-Sul (…). Acabei de regressar do Brasil, de ver o Presidente Lula, e vamos assistir a uma grande parceria entre o Brasil e África na agricultura, nos produtos farmacêuticos”, disse Akinwumi Adesina, em encontro com jornalistas, no início dos encontros anuais do BAD, que decorrem este ano na capital do Quênia.

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Mais de 3.000 participantes são esperados no encontro anual do BAD, onde será discutida a urgência de reformar as instituições financeiras internacionais para impulsionar o progresso na África. Apesar do crescimento econômico consistente nas últimas duas décadas, a transformação econômica na África ainda é incompleta.

O PIB real do continente cresceu 4,3% ao ano entre 2000 e 2022, com muitas das economias de crescimento mais rápido situadas na África. No entanto, a estrutura econômica permaneceu relativamente estável, com os setores agrícola, industrial e de serviços representando proporções semelhantes do PIB ao longo do tempo.

O encontro também abordará a questão do emprego na indústria, que diminuiu devido à desindustrialização prematura. Apesar do aumento no número de empregos, o setor industrial contribui com menos de 10% do emprego total na região. O BAD, que tem 81 Estados-membros, está comprometido em liderar a reforma das instituições financeiras mundiais para impulsionar ainda mais o desenvolvimento africano (O Guardião).

MAIOR DESMATAMENTO NO CERRADO

Em 2023, o Cerrado se tornou o bioma mais desmatado do Brasil, ultrapassando a Amazônia. De acordo com o Relatório Anual de Desmatamento (RAD) do MapBiomas, o país perdeu 8.558.237 hectares de vegetação nativa nos últimos cinco anos. No entanto, em 2023, houve uma redução de 11,6% na área desmatada, totalizando 1.829.597 hectares, comparado a 2.069.695 hectares no ano anterior.

Apesar do aumento de 8,7% nos alertas de desmatamento, o Cerrado foi o mais afetado, representando 61% da área desmatada, um aumento de 68% em relação a 2022. A Amazônia, por sua vez, respondeu por 25% do total desmatado. O desmatamento em biomas semelhantes à savana predominou, com 54,8% das áreas destruídas, seguido pelas formações florestais, com 38,5%.

A expansão agropecuária foi responsável por 97% do desmatamento no país. A média diária de vegetação nativa destruída foi de 5.013 hectares, sendo 3.042 hectares no Cerrado e 1.245 hectares na Amazônia. Em 2023, a Amazônia perdeu 454,3 mil hectares, uma redução de 62,2% em relação a 2022. Dos 559 municípios amazônicos, 436 registraram algum nível de desmatamento, mas todos os dez municípios que mais desmataram apresentaram queda nas áreas desmatadas.

Segundo Tasso Azevedo, do MapBiomas, os dados mostram uma mudança no perfil do desmatamento no Brasil, com maior concentração em biomas de savana e menor em áreas florestais (Público).

CASO MARIELLE

O ex-policial Ronnie Lessa admitiu ser o autor do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes em troca de liderar uma nova milícia no Rio de Janeiro.

Em entrevista ao Fantástico, da TV Globo, Lessa afirmou que os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão lhe ofereceram uma parcela clandestina de terra na zona oeste do Rio, em um acordo que envolvia atividades criminosas. A defesa dos irmãos Brazão negou as alegações de Lessa, afirmando que não há provas para sustentar suas declarações.

O Ministério Público do Brasil denunciou os Brazão e Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio, como mentores intelectuais do assassinato. Evidências indicam que Marielle prejudicava os interesses dos envolvidos, tendo votado contra um projeto de lei para regularizar construções ilegais na zona oeste. Ela foi morta a tiros em 14 de março de 2018. O caso permanece sob intensa investigação (teleSur).

*Imagem em destaque: O presidente Lula e o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, durante reunião com representantes da indústria de proteína animal, no Palácio do Planalto – Foto: Ricardo Stuckert/PR

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