‘O Futuro é Nosso’, de Silvio Tendler, traz anatomia do mundo do trabalho
Carmen Munari
“O Futuro é Nosso”, documentário recém-lançado pelo cineasta Silvio Tendler, aborda a reforma trabalhista, a robotização e a inteligência artificial. Deixa claro que os ataques ao sindicalismo têm como alvo principal a organização dos trabalhadores na luta contra um capitalismo que lucra com a exploração. O filme, em parceria com o Sindicato dos Professores do Município do Rio de Janeiro (Sinpro-Rio), é uma radiografia do mundo do trabalho atual, com retratos sobre o passado do sindicalismo e uma projeção do que pode ser no futuro. Trata ainda sobre a reforma trabalhista e a informalidade.
O longa-metragem (1h30) traz depoimentos de trabalhadores, dirigentes sindicais, cientistas políticos, economistas, jornalistas, dentre outros, que atestam as conquistas na luta e os ataques contra o sindicalismo. Entre os depoimentos, do cineasta britânico Ken Loach, que abordou a questão da precarização do trabalho em seu filme “Você Não Estava Aqui”, e do professor português Boaventura de Sousa Santos, diretor do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.
Tendler é autor, entre outros, de “Os anos JK – Uma trajetória política”, “O Mundo Mágico dos Trapalhões”, “Jango” e “Ibiúna”.
As gravações começaram no início da pandemia de Covid-19 e a finalização foi realizada logo após a posse do presidente Lula para o seu terceiro mandato. “É a nossa aposta em um futuro melhor para os trabalhadores”, diz Tendler na apresentação do documentário.
Ilustração: O cineasta Silvio Tendler / Reprodução. Abaixo a íntegra do documentário
Jornalista, ex-Folha, Reuters e Valor Econômico. Participei da cobertura de posses presidenciais, votações no Congresso, reuniões ministeriais, além da cobertura de greves de trabalhadores e de pacotes econômicos. A maior parte do trabalho foi no noticiário em tempo real. No Fórum 21, produzo o Focus 21, escrevo e edito os textos dos analistas.