Rumo da economia: Haddad entrega proposta fiscal a Lula.

O presidente do Luiz Inácio Lula da Silva fará uma visita oficial à China entre os dias 26 e 31 de março, informa a agência de notícias Europa Press. O convite partiu do presidente chinês, Xi Jinping, e a confirmação do encontro entre os dois países ocorreu nesta sexta-feira.

Será a terceira visita de Estado de Lula ao país; as outras duas viagens ocorreram durante seus outros mandatos, em 2004 e 2009. A visita abordará questões comerciais, transição energética, meio ambiente e paz mundial. A comitiva brasileira incluirá empresários, ministros, governadores e parlamentares, e a agenda incluirá reuniões com várias autoridades chinesas e contatos empresariais. Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com um fluxo comercial que ultrapassou os US$ 150 bilhões em 2022. A visita antecede o 50º aniversário do estabelecimento das relações diplomáticas entre os dois países, que ocorrerá em 2024.

O site Prensa Latina afirma que, de acordo com a tradição, é provável que Lula se reúna com o primeiro-ministro Li Qiang e o com presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji. Também é esperada a discussão de temas de interesse mútuo, novas etapas para aprofundar a cooperação bilateral e a definição de planos destinados a consolidar a parceria estratégica integral entre ambos os países, que compõem o grupo Brics junto com a Índia, Rússia e África do Sul.

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A Reuters reporta que o Brasil irá apresentar uma nova proposta de política fiscal para o país antes da viagem de Lula à China. O presidente afirmou que a proposta, elaborada pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, será divulgada antes de sua viagem à China na próxima semana. “Eu ainda não vi. Tive uma primeira conversa com Haddad, e ele iria prepará-la. Assim que ele a preparar, eu verei”, disse Lula ao sair de um almoço com oficiais da Marinha.

Haddad indicou que as novas regras equilibrariam as receitas e despesas e criariam espaço para reduzir as taxas de juros, que Lula tem criticado repetidamente por aumentar os custos de empréstimos. Na terça-feira, Haddad apresentou a proposta ao vice-presidente, Geraldo Alckmin, que teve uma reação positiva.

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As crianças indígenas são as mais impactadas pelas consequências do garimpo ilegal na Amazônia, informa o The Guardian. A reportagem de Tom Phillips detalha a calamitosa situação no Hospital Infantil Santo Antônio, em Boa Vista, capital de Roraima, que tem enfrentado dificuldades para atender o número crescente de crianças Yanomami gravemente enfermas sendo internadas por causa das péssimas condições do território indígena onde vivem, situação que é resultado de uma mistura tóxica de negligência governamental, corrupção e ataques violentos de garimpeiros ilegais, o que tem causado, desde 2018, segundo ativistas, a morte por causas evitáveis de pelo menos 570 crianças.

Phillips também relata a história de exploração e tentativa de genocídio dos Yanomami ao longo da história, começando na ditadura militar, nos anos 1970, até os dias de hoje, e ressalta que o recente aumento na mineração ilegal teve início em 2016, mas acelerou após Jair Bolsonaro se tornar presidente, em 2019, e começar a desmantelar as agências de proteção ambiental e indígena.

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“Musk trouxe a internet para a Amazônia, e os criminosos amaram“, diz conteúdo distribuído pela AP News. De acordo com a publicação, a Starlink, da empresa SpaceX, de Elon Musk, tem 4.000 satélites em órbita, conectando pessoas em áreas remotas, como na Amazônia, e sendo útil inclusive para as forças ucranianas. No entanto, o sistema também tem sido usado por garimpeiros ilegais no Brasil para coordenar logística, receber avisos de batidas policiais e fazer pagamentos. Na terça-feira, agentes brasileiros encontraram um terminal Starlink funcionando perto de um poço, juntamente com mercúrio, ouro, munições e equipamentos utilizados por garimpeiros, em uma área conhecida como Ouro Mil que, de acordo com as investigações federais, seria controlada pela organização criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

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De acordo com a Associated Press, o Ministério das Relações Exteriores anunciou que o Brasil irá reintroduzir a exigência de visto para turistas americanos e outros cidadãos da Austrália, Canadá e Japão a partir de 1º de outubro de 2023. O ex-presidente Jair Bolsonaro havia eliminado a exigência de visto em 2019 com o objetivo de fortalecer a indústria do turismo do país, no entanto, os quatro países continuaram a exigir vistos dos brasileiros. Diz o texto: “A decisão de conceder isenções de visto havia representado “uma quebra com o padrão da política migratória brasileira, historicamente baseada nos princípios da reciprocidade e igualdade de tratamento”, disse o ministério em um comunicado divulgado na noite de segunda-feira”.

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Os EUA lidariam com um pedido de extradição de Jair Bolsonaro “de forma rápida”, diz reportagem da Reuters. Durante uma audiência no Comitê de Relações Exteriores do Senado sobre o futuro das relações com o Brasil, o secretário assistente de Estado para Assuntos do Hemisfério Ocidental, Brian Nichols, afirmou que qualquer pedido do governo brasileiro seria tratado de forma rápida pelos Estados Unidos. Ele não comentou sobre o pedido de visto feito por Bolsonaro, que deixou o Brasil em dezembro sem conceder a derrota nas urnas para o atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, acusado pelo governo anterior de manipulação nas eleições. O presidente do Comitê, Robert Menendez, criticou Bolsonaro por continuar a espalhar desinformação sobre as eleições do Brasil a partir da Flórida.

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O jornal espanhol El País reporta sobre os ataques do crime organizado no Rio Grande do Norte, onde vinte cidades foram alvo de dois dias de ataques coordenados. De acordo com a matéria, autoridades estaduais do Rio Grande do Norte ligam os incidentes a recentes operações policiais e descontentamento nas prisões. O argentino Página 12 também dá destaque para a onda de violência no estado, informando que o Nordeste do Brasil sofreu uma segunda manhã de ataques, com Natal e a praia de Pipa sendo os principais alvos da violência.

Marcos Diniz