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Operação da PF que impediu plano do Hezbollah no Brasil é destaque na mídia externa

Operação da PF que impediu plano do Hezbollah no Brasil é destaque na mídia externa

Jornais e sites de várias nacionalidades noticiaram a operação da Polícia Federal que prendeu supostos terroristas que planejavam ataques a edifícios da comunidade judaica.

O argentino Clarín informa sobre as prisões dos dois supostos terroristas do Hezbollah nesta quarta-feira que planejavam ataques contra a comunidade judaica. A Polícia Federal brasileira emitiu onze mandados de busca e apreensão nos estados de Minas Gerais, São Paulo e no Distrito Federal. De acordo com a mídia, os dois suspeitos são cidadãos brasileiros. Um dos detidos foi capturado ao chegar do Líbano no aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, enquanto o outro já estava em São Paulo. A mesma publicação afirma, de acordo com fontes do caso, que os dois homens presos estavam planejando atacar instituições judaicas no Brasil, incluindo sinagogas. O governo brasileiro disse em um comunicado que os suspeitos foram presos como parte da Operação Trapiche, que visa “interromper os preparativos para atos terroristas e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para cometer atos extremistas no país”.

O também argentino La Nación traz título forte “Alerta no Brasil: presos terroristas ligados ao Hezbollah que planejavam ataques contra alvos judeus”. Acrescenta que o grupo tem fortes laços com o Irã, em meio a um clima de alerta após o ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro. De acordo com a polícia, a chamada Operação Trapiche tem como objetivo desarticular a quadrilha que busca promover “atos preparatórios de terrorismo”. O jornal traz ainda comunicado da Conib (Confederação Israelita do Brasil) que expressou “grande preocupação” com os supostos ataques contra alvos judeus no Brasil. “O terrorismo, em todos os seus aspectos, deve ser combatido e repudiado por toda a sociedade brasileira. Os trágicos conflitos no Oriente Médio não podem ser importados para o nosso país, onde diferentes comunidades convivem de forma pacífica, harmoniosa e sem medo do terrorismo”, afirmou o grupo.

Outro argentino, o Ámbito, noticiou com despacho da Reuters.

Observador uruguaio também noticiou a operação da PF, destacando que os suspeitos, membros do Hezbollah planejavam atacar edifícios da comunidade judaica no Brasil, incluindo sinagogas.

A agência de espionagem israelense Mossad trabalhou com os serviços de segurança brasileiros e outras agências internacionais para impedir um ataque contra judeus no Brasil planejado pelo grupo militante Hezbollah, apoiado pelo Irã, informou o gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu nesta quarta-feira, segundo a Reuters. “Os serviços de segurança brasileiros, juntamente com o Mossad e (…) outras agências internacionais de segurança e fiscalização, frustraram um ataque terrorista no Brasil, que havia sido planejado pela organização terrorista Hezbollah, dirigida e financiada pelo regime iraniano”, afirmou. O Mossad disse que a “célula terrorista (…) foi operada pelo Hezbollah para realizar um ataque contra alvos israelenses e judeus no Brasil”.

O Guardian acrescenta que as prisões foram feitas durante o que a polícia chamou de operação para “interromper os preparativos para atos de terrorismo e obter provas sobre o possível recrutamento de brasileiros para cometer atos extremistas”. Cita na reportagem o jornal O Globo e a CNN. Diz que cerca de 100 mil judeus vivem no Brasil.

O site Brazilian Report também dedica reportagem à operação da PF desta quarta-feira para desarticular organizações que estavam “se preparando” para realizar atos terroristas no Brasil, bem como “recrutando brasileiros para realizar atos extremistas no país”. Os delegados cumpriram dois mandados de prisão temporária e fizeram buscas em 11 endereços ligados aos suspeitos – nos estados de Minas Gerais e São Paulo, bem como em Brasília. Em um comunicado, a Polícia Federal disse que tanto os recrutadores quanto os recrutados para participar de organizações terroristas podem pegar até 15 anos e meio de prisão. Os suspeitos estariam ligados ao Hezbollah, um grupo armado que se define como um movimento de resistência dedicado a proteger o Líbano, combater Israel e apoiar a busca palestina por um Estado. Acrescenta que, em 2014, a Polícia Federal vinculou o Hezbollah ao Primeiro Comando da Capital (PCC) de São Paulo, um cartel descrito pelo governo dos EUA como “o grupo de crime organizado mais poderoso do Brasil e um dos mais poderosos do mundo”.

A agência cubana Prensa Latina também noticiou a operação da PF com o título: “Polícia Federal desarticula planos extremistas no Brasil”.

Sobre a operação da PF, o português Correio da Manhã lembra que o Brasil, além de uma grande comunidade judaica, tem também uma numerosa comunidade árabe, entre a qual se destaca um grande número de palestinos. No sul do Brasil, na região da cidade de Foz do Iguaçu, que faz fronteira com o Paraguai e a Argentina, existe uma grande e rica comunidade palestiniana, que já foi até visitada anos atrás pelo falecido terrorista Osama Bin Laden, e que investigações apontam que é um importante núcleo de financiamento internacional do Hezbollah.

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8 DE JANEIRO

O número de pessoas condenadas à prisão pelo STF chega hoje a 25, acusadas de participar da invasão e do saque das sedes dos três poderes do governo na capital em 8 de janeiro, informa a Prensa Latina. O número foi alcançado depois que a corte formou uma maioria em sua análise mais recente para punir outros cinco réus por seu envolvimento nos episódios de golpe da data marcada em preto na história nacional.

REFORMA TRIBUTÁRIA

A Comissão de Constituição e Justiça do Senado aprovou na terça-feira, por 20 votos a 6, um importante projeto de reforma tributária patrocinado pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva, um passo fundamental para simplificar o código tributário bizantino do Brasil. O projeto de lei está programado para ser votado na quarta-feira. Se aprovado, retornará à Câmara, exigindo outra votação em dois turnos e uma maioria de 60%. A reforma tributária consolidará os cinco impostos sobre o consumo em vários níveis do Brasil em dois impostos semelhantes ao IVA: um em nível federal (CBS) e outro para os estados e municípios (IBS). Atualmente, o ICMS em nível estadual sobre bens e serviços é, de longe, a principal fonte de receita dos governos estaduais.  O projeto de lei também mudará o sistema tributário do Brasil de um imposto sobre vendas baseado na origem para um imposto sobre vendas baseado no destino, ou seja, cobrará impostos onde o comprador está localizado ou para onde o produto está indo, em vez de onde a empresa está sediada, informa o site Brazilian Report.

A aprovação da reforma tributária pela comissão do Senado também foi publicada pela Prensa Latina.

ECONOMIA

Os metalúrgicos das fábricas brasileiras da General Motors decidiram suspender uma greve que durava 17 dias e retornaram ao trabalho nesta quarta-feira após chegarem a um acordo com a empresa, informou o sindicato que os representa em um comunicado. O sindicato Sindmetal disse que os trabalhadores das fábricas de São José dos Campos, São Caetano do Sul e Mogi das Cruzes votaram pela aprovação do acordo depois que a GM concordou em cancelar as 1.245 demissões que havia feito nas fábricas, indicou a Reuters.

A Nissan planeja investir 2,8 bilhões de reais (US$ 575 milhões) em sua fábrica no Brasil, com o objetivo de dobrar sua participação de mercado na maior economia da América Latina até 2026. A montadora japonesa já havia planejado investir 1,3 bilhão de reais, valor que foi anunciado em abril de 2022. Agora, está adicionando mais 1,5 bilhão de reais de 2023 a 2025, informou a empresa na terça-feira. Makoto Uchida, diretor executivo da Nissan, esteve em Brasília na segunda-feira para apresentar o plano de gastos ao presidente Lula, noticia o The Japan Times.

O argentino El Diario Ar também noticiou o anúncio de investimento da Nissan.

Autoridades brasileiras disseram que a nova legislação promulgada pela União Europeia para proibir a importação de produtos ligados ao desmatamento estava complicando as negociações de um acordo comercial com o bloco Mercosul da América do Sul. Os legisladores da UE aprovaram os regulamentos em abril, exigindo que os produtores de soja, carne bovina, café, madeira e outras commodities forneçam provas de que sua cadeia de suprimentos está livre de desmatamento. “Não podemos permitir que essa legislação interrompa um acordo comercial entre o Mercosul e os 27 países da União Europeia”, disse o vice-presidente, Geraldo Alckmin em uma conferência.

Na foto, apoiadores agitam bandeiras do Hezbollah durante protesto no sul de Beirute, no Líbano / 18.10.2023 / AP

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