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Acordo entre Mercosul e União Europeia pode ser fechado na próxima semana

Acordo entre Mercosul e União Europeia pode ser fechado na próxima semana

Líderes dos blocos econômicos vão se reunir em Brasília nos dias 3 e 4 de outubro. E mais: cirurgia de Lula foi bem-sucedida; reforma tributária passa por outro adiamento; BB e escravidão em pauta no Guardian

LULA ESTÁ BEM

“O procedimento cirúrgico ao qual o presidente Lula foi submetido […] aconteceu sem intercorrências, segundo a equipe médica do petista”, informa a Carta Capital.

A cirurgia, para aliviar dores no quadril, teve início por volta do meio-dia e se estendeu até às 15 horas. Lula está acordado e conversando, e deve ir para o quarto no início da noite desta sexta-feira (29). Ele deverá passar alguns dias no Hospital Sírio-Libanês, em Brasília, antes de retornar ao palácio presidencial, no início da próxima semana, conforme informações do britânico Independent.

Segundo a agência Reuters, o presidente disse que só poderá retomar suas viagens internacionais no final de novembro, quando visitará os Emirados Árabes Unidos, para participar da COP28, que acontecerá em Dubai, entre os dias 30 de novembro e 12 de dezembro.

MERCOSUL-UE: AGORA VAI?*

Líderes da União Europeia e do Mercosul se reunirão em Brasília nos dias 3 e 4 de outubro com o propósito de formalizar o acordo de livre comércio entre os blocos.

Este acordo, que teve a sua primeira concepção em 2019, enfrentou diversos obstáculos para sua ratificação, já que países europeus com influentes grupos de lobby agrícola, liderados pela França, levantaram preocupações ambientais com o argumento de que o Brasil não controlava o desmatamento durante o governo do ex-presidente inelegível.

Depois da significativa transformação deste cenário, com a vitória de Lula no pleito de 2022, e com o estabelecimento de ambiciosas metas ambientais e o seu compromisso de  eliminar o desmatamento na Amazônia até 2030 ao assumir o cargo, a UE então apresentou, em março deste ano, uma carta suplementar ao acordo, com novas regras propondo a aplicação de sanções como forma de garantir o cumprimento de compromissos ambientais voluntários feitos no Acordo de Paris, em 2015.

O Brasil se opôs firmemente à carta anexa, considerando-a punitiva e discriminatória. Além disso, o governo também teve discordâncias com uma disposição que abriria o mercado de compras públicas do Mercosul a licitantes da UE.

Por fim, nesta semana, o presidente do Paraguai, Santiago Peña, intensificou a pressão para a finalização das tratativas, e prometeu suspender as negociações caso o acordo não seja alcançado até o dia 6 de dezembro, data em que seu país assumirá a presidência rotativa do Mercosul, sucedendo o Brasil. Peña também afirmou que, no caso de o acordo não ser firmado até a data, o bloco sul-americano se retirará e dará início a conversas com nações asiáticas interessadas em estabelecer relações comerciais com o Mercosul.

Veja Também:  Indiciamento de Bolsonaro e a volta da Comissão Especial sobre Mortos e Desaparecidos Políticos

*Com informações do Brazilian Report e do paraguaio Última Hora.

ATRASO NA REFORMA

O senador Eduardo Braga (MDB), relator do projeto da reforma tributária, informou ao site Jota que deverá apresentar o seu projeto de lei até o final do próximo mês. Segundo o Brazilian Report, Braga apresentaria seu relatório nesta semana, mas a data de entrega foi adiada para a próxima quarta-feira, dia 4 de outubro, e depois para entre os dias 18 e 20 de outubro. Antes da entrega, o relator vai analisar as mais de 200 emendas apresentadas até agora.

TRISTE PASSADO DO BB

Reportagem do britânico Guardian aborda a investigação civil sem precedentes realizada sobre os vínculos históricos do Banco do Brasil com a escravidão. Os promotores buscam reparação pelos laços do banco com o tráfico transatlântico de pessoas negras durante os séculos anteriores.

De acordo com historiadores, a instituição, fundada em 1808, foi estabelecida com capital derivado de atividades econômicas baseadas na escravidão, além de financiar esforços públicos para manter ativo o comércio de escravos e impedir a sua abolição.

A investigação teve início depois que um grupo de historiadores chamou a atenção para essa parte sombria da historia e enfatizou a importância de reconhecer publicamente os vínculos das instituições com a escravidão, bem como da discussão sobre reparações.

A reportagem lembra que o Brasil foi o último país do continente americano a abolir a escravidão, e que até hoje enfrenta desafios contínuos para lidar com este legado. Além disso, destaca a importância de responsabilizar não apenas indivíduos, mas também instituições pelo seu envolvimento no tráfico e na escravização de pessoas.

INELEGÍVEL2

O jornal Daily Star, de Bangladesh, noticia que o Tribunal Superior Eleitoral rejeitou, nesta quinta-feira (28), um recurso apresentado pelo ex-presidente brasileiro contra uma decisão anterior, que o tornou inelegível por oito anos, baseada na acusação de abuso de poder político e uso indevido da mídia para alegar, sem comprovações, que o sistema eleitoral do Brasil estava sujeito a fraudes. O apelo foi rejeitado de forma unânime pelos sete membros do tribunal.

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