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Chanceler da Argentina defende “manter a relevância do vínculo estratégico” com o Brasil

Chanceler da Argentina defende “manter a relevância do vínculo estratégico” com o Brasil

A ministra das Relações Exteriores da Argentina, Diana Mondino, enfatizou nesta segunda-feira a necessidade de “manter a relevância do vínculo estratégico” com o Brasil e expressou sua esperança de que uma primeira reunião entre os presidentes Javier Milei e Lula “ocorra em algum momento”. Em sua primeira visita à capital brasileira desde que se tornou ministra, Mondino teve uma reunião “extensa” com seu colega brasileiro, Mauro Vieira, em Brasília. Eles analisaram as principais questões da agenda bilateral, incluindo o monitoramento das obras do gasoduto que permitirá a exportação do gás disponível em Vaca Muerta para o Brasil. A chanceler de Milei foi categórica ao assegurar que “todos os projetos” entre Brasil e Argentina são “independentes e superiores àqueles que estão dirigindo os destinos de ambos os países”, ratificando a centralidade desse projeto e de outros iniciados antes de dezembro de 2023. “A principal mensagem que gostaria de transmitir neste momento é a certeza que temos sobre a centralidade e a relevância da relação bilateral. Ela se tornou uma verdadeira política de Estado”, ressaltou Mondino em declaração à imprensa após a reunião no Itamaraty, informa o La Nación.

LULA / COLÔMBIA

Lula viaja para Bogotá para discutir questões bilaterais e regionais com Petro, publica o uruguaio La Diaria. Nesta terça-feira, o presidente Lula chegará a Bogotá para uma visita oficial na qual deverá discutir com seu homólogo, Gustavo Petro, questões das relações bilaterais entre os dois países, mas também questões de interesse regional, como as eleições venezuelanas em julho e a crise diplomática desencadeada entre o México e o Equador.

CRÉDITO

Reportagem do Le Monde noticia que 40% da população brasileira não consegue pagar suas dívidas, de acordo com dados do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). No Brasil, a baixa renda de grande parte da população faz com que ela não consiga atender às suas necessidades, obrigando-a a recorrer ao crédito – cujo acesso foi facilitado durante os primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva (de 2003 a 2006 e depois de 2007 a 2010) – até mesmo para compras essenciais. Desde a pandemia de Covid-19, a situação se tornou crítica: o aumento do desemprego pressionou o poder de compra, elevando o número de famílias endividadas de 63,6% em 2019 para 76,6% em 2023, de acordo com a Confederação Nacional do Comércio. Ao mesmo tempo, o banco central aumentou a taxa básica de juros, agora fixada em 10,75%, para conter a inflação. Agora, o presidente Lula está lutando para reduzir o endividamento da população. Lançado em julho de 2023, o programa “Desenrola”, destinado a renegociar as dívidas pendentes de mais de 70 milhões de pessoas, ainda está longe de atingir seus objetivos.

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JBS / CHINA

O retorno surpreendente dos bilionários irmãos Batista está levando-os aos mais altos círculos de poder do Brasil, menos de três semanas após sua nomeação para a diretoria da JBS SA. Wesley e Joesley Batista – que transformaram o açougue de sua família no maior produtor de carne do mundo com a ajuda crucial do banco de desenvolvimento do Brasil durante os últimos governos do presidente Lula, e depois se envolveram em um enorme escândalo de corrupção que derrubou milhares de políticos, inclusive Lula – agora estão recebendo o líder esquerdista em uma de suas fábricas que começará a exportar para a China. O encontro de sexta-feira em Campo Grande (MS)  faz parte da aposta de Lula de que o aumento das exportações agrícolas para a segunda maior economia do mundo pode ajudar a reproduzir os bons tempos alimentados por commodities que ele teve no início do século. A reportagem é da agência Bloomberg publicada no sábado (13) em inglês pelo South China Morning Post. “Esta família está predestinada ao sucesso”, disse Lula durante o evento.

IRÃ / ISRAEL

A Confederação Israelita do Brasil descreveu no domingo como “lamentável” e “frustrante” a posição do governo Lula no conflito do Oriente Médio ao não condenar explicitamente o ataque de drones e mísseis do Irã contra Israel, afirma o argentino Clarín. “O mundo democrático e vários países do Oriente Médio se uniram a Israel para condenar e combater o ataque do Irã”, mas “a atual política externa do Brasil escolheu ficar do lado da teocracia iraniana”, disse o presidente da organização, Claudio Lottenberg. O embaixador de Israel no Brasil, Daniel Zonshine, também disse na mídia local que estava “desapontado” com a posição do Brasil. Em um comunicado, o governo Lula pediu “o máximo de contenção” às partes e solicitou à comunidade internacional que mobilizasse esforços para evitar uma escalada do confronto. Já o G7 condenou energicamente o ataque do Irã a Israel.

O La Nación também publicou o tema. “A comunidade judaica brasileira fica inquieta e frustrada com Lula por não condenar o ataque iraniano” e “O governo de Lula apenas expressou “preocupação” com a situação no sábado; o próprio embaixador do Brasil em Israel também protestou contra a falta de condenação.”

Na imagem, a chanceler da Argentina, Diana Mondino, e o ministro Mauro Vieira no Itamaraty / José Cruz / Agência Brasil

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