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Plano para indústria de Lula prevê crédito estatal e subsídios

Plano para indústria de Lula prevê crédito estatal e subsídios

O anúncio pelo governo Lula nesta segunda-feira do plano de desenvolvimento industrial para os próximos 10 anos, com o objetivo de impulsionar o crescimento da economia desacelerada foi notícia na agência Reuters. O plano prevê crédito estatal e subsídios para as empresas, bem como requisitos de conteúdo local. O novo plano marca um esforço do presidente Lula para impulsionar a economia. O texto cita o uso de um manual semelhante ao que foi seguido durante seus mandatos presidenciais de 2003 a 2010. “De uma vez por todas, precisamos superar o problema de o Brasil estar sempre à beira e nunca se tornar um país desenvolvido”, disse Lula no lançamento. O esquerdista Lula chamou o plano de um esforço de “reindustrialização” para mudar as políticas que se concentraram na produção agrícola e nas exportações do Brasil. O BNDES destinou 250 bilhões de reais para o plano e 50 bilhões de reais vieram de outras fontes estatais.

A agência cubana Prensa Latina acrescenta que o programa tem metas e diretrizes em setores como agronegócio, saúde, infraestrutura, transformação digital, bioeconomia e tecnologia de defesa. Entre elas estão a conquista de 50% de autonomia na produção de tecnologias críticas de defesa até 2033 e o aumento da participação do setor de agronegócios no PIB agrícola para 50%.

AMAZÔNIA E DESMATAMENTO

O Brasil está avançando com a criação de um centro de segurança internacional em Manaus que reunirá as nações amazônicas no policiamento da floresta tropical, compartilhando inteligência e perseguindo criminosos. Um prédio foi alugado e equipamentos estão sendo comprados para o centro, que contará com representantes da polícia dos outros sete países da Organização do Tratado de Cooperação Amazônica (OTCA). O centro combaterá o tráfico de drogas e o contrabando de madeira, peixes e animais exóticos, bem como o desmatamento e outros crimes ambientais, disse Humberto Freire, chefe do departamento de Meio Ambiente e Amazônia da Polícia Federal. O garimpo ilegal de ouro em reservas protegidas de povos indígenas, como os Yanomami, também será uma prioridade, segundo reportagem da Reuters.

Um relatório recente do Mapbiomas destacou a terrível situação do Brasil, onde os incêndios florestais devastaram 17,3 milhões de hectares de terra no ano passado, excedendo em 6% o número de 2022 e equivalendo ao tamanho do Uruguai. As pastagens foram as mais afetadas, seguidas por áreas de vegetação nativa e savanas. Durante os meses críticos de setembro e outubro, foram registrados 4 milhões de hectares danificados mensalmente. Em dezembro, houve uma piora incomum, com 1,6 milhão de hectares consumidos pelo fogo, um número que não era visto há quatro anos e atribuído aos incêndios na Amazônia e ao El Niño, que causou temperaturas mais altas e secura. De acordo com Ane Alencar, do MapBiomas Fuego, a diminuição do desmatamento desempenhou um papel fundamental na prevenção de mais danos, noticia El Tiempo da Colômbia.

DESIGUALDADE

As elites estão concentrando cada vez mais riqueza no Brasil, três vezes mais do que a população em geral, um salto não visto desde os tempos da ditadura militar (1964-1985) e desafiando a meta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de combater a desigualdade. O Brasil é um dos países mais desiguais do mundo, onde apartamentos de luxo estão a poucos metros de distância de favelas controladas por traficantes de drogas. Esse é o caso de Paraisópolis, a segunda maior favela de São Paulo. De um lado, um aglomerado de casas de tijolos aparentes; do outro, imponentes edifícios residenciais com quadras de tênis e piscinas em todos os terraços. As duas realidades são separadas por uma avenida. A desigualdade é um problema crônico que se estabilizou nas primeiras décadas do século com uma melhoria nas condições de vida dos mais pobres, mas essa tendência foi revertida entre 2017 e 2022. Essa é a conclusão de um estudo publicado esta semana pelo Observatório de Política Fiscal da Fundação Getúlio Vargas, segundo reportagem da agência EFE reproduzida pelo argentino Clarín no domingo.

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PETROBRAS / EÓLICA

A Petrobras começará este ano a comprar participações em projetos nacionais de energia eólica e solar em terra para criar um portfólio de energia renovável de aproximadamente 2 gigawatts (GW), disse Jean Paul Prates, presidente-executivo à Reuters. A Petrobras está procurando comprar participações em ativos que já estão em operação, enquanto a empresa procura dar o pontapé inicial em sua transição para a energia verde, a pedido do presidente Lula. Notícia é exclusiva da agência.

NEGÓCIOS EM YUAN

A RT da Rússia fez um levantamento dos países que negociam com Yun chinês e dedica um trecho ao Brasil informando que em fevereiro de 2023, Brasília e Pequim chegaram a um acerto para estabelecer acordos de compensação de yuan no Brasil, abrindo assim o caminho para que a moeda chinesa seja usada em liquidações. Pouco tempo depois, o Brasil também recebeu acesso ao equivalente chinês do sistema de mensagens SWIFT, o Cross-border Interbank Payment System. Em abril, a China e o Brasil chegaram a um acordo de troca de moedas que eliminou completamente o dólar como intermediário. Em uma visita oficial à China naquele mês, o presidente Lula criticou o papel dominante do dólar no comércio global: “Por que todos os países precisam estar vinculados ao dólar para fazer comércio? Quem decidiu que o dólar seria a moeda [mundial]? Embora pouco mais de 90% do comércio exterior do Brasil continue a ser feito em dólares, a participação de outras moedas está aumentando. Enquanto isso, os ativos cambiais do Brasil denominados em yuan atingiram uma alta de 5,37% do total até o final de 2022, ultrapassando o euro para ser a segunda maior moeda de reserva no cofre de guerra do Brasil. Há apenas cinco anos, o Brasil não possuía nenhuma participação em yuans. Rússia, Argentina, Irã e Arábia Saudita também foram citados. Texto mostra interesse da Rússia em reforçar a presença chinesa na economia de diversos países.

ASSASSINO SÉRVIO

Um homem sérvio que foi recentemente assassinado na frente de sua família no Brasil acabou se revelando um assassino de aluguel procurado pela Interpol por vários assassinatos por encomenda. “As investigações mostraram que ele vivia aqui clandestinamente e com um nome esloveno falso”, disse o líder da investigação, Luiz Ricardo Lara Dias Jr., a repórteres na última sexta-feira, informou a Fox News. A polícia identificou a vítima como Darko Geisler, 43 anos, com a ajuda do consulado da Eslovênia em São Paulo, segundo o site canadense Toronto Sun.

Na foto, o presidente Lula no lançamento nesta segunda-feira no Palácio do Planalto do plano de industrialização / Reprodução

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